Gilberto Gil iniciou sua turnê patrocinada pelos Correios, embolsando R$ 4 milhões da estatal, mesmo em meio a uma crise que atinge os próprios funcionários da empresa. O contrato, que garantiu o título de “patrocinador master” à estatal, revoltou servidores que denunciam o não repasse do FGTS e o descredenciamento do plano de saúde por falta de pagamento.
A indignação é compreensível: enquanto artistas desfrutam de patrocínios milionários, trabalhadores são deixados à própria sorte. Médicos deixaram de atender, clínicas suspenderam procedimentos e o desespero bate à porta de quem dedicou anos à empresa. Para piorar, Gil declarou que “o Brasil está melhor hoje” e culpou as redes sociais pela percepção negativa.
Não se trata apenas de um patrocínio: é um retrato de prioridades invertidas. Enquanto o funcionalismo agoniza, a elite cultural segue privilegiada, blindada pelas benesses do dinheiro público.