Em uma demonstração de desconexão com a realidade brasileira, o ministro Gilmar Mendes exaltou Alexandre de Moraes como "motivo de orgulho nacional". A declaração foi feita na última sessão de 2024 no Supremo Tribunal Federal, em meio a um cenário marcado por insegurança jurídica e decisões que claramente afrontam a Constituição de 1988. Gilmar elogiou a suposta "ponderação" e "assertividade" de Moraes, ignorando o aumento de críticas sobre os rumos tomados pelo STF e a crescente desconfiança popular.
A fala ganhou contornos ainda mais questionáveis ao citar investigações sobre um plano de golpe de Estado. Com base em relatos frágeis e narrativas duvidosas, a condução desses casos tem gerado perplexidade não por razões nobres, mas pela forma como liberdades individuais e princípios fundamentais são frequentemente ignorados. A população, ao contrário do que afirma Gilmar, não se sente representada por ministros que atropelam a Constituição e agem conforme interesses de momento.
A retórica de Mendes reflete a crise de confiança em instituições que deveriam resguardar a ordem constitucional. Com o futuro do país sendo decidido sob discursos emocionais e investigações politicamente dirigidas, resta ao cidadão questionar: onde está o verdadeiro compromisso com a legalidade? Afinal, orgulho nacional não se constrói com rasgos na Constituição, mas com respeito a ela.