O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou como "o acordão mais vergonhoso da história" o apoio de partidos da oposição à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado. Girão criticou duramente o Partido Liberal, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, por aceitar o voto secreto e alimentar um sistema que favorece interesses ocultos. "Quem é que vai dar voz à sociedade brasileira, que quer uma mudança?", questionou o parlamentar, lamentando a falta de coerência na suposta oposição.
Para Girão, o voto secreto representa a rendição de líderes que evitam prestar contas ao eleitorado. "O PL tentou em 2023, esperando traição, com voto secreto, foi errado. Então, vão fazer estratégia errada de novo?", indagou. Ele apontou Alcolumbre como o grande articulador do centrão e operador das emendas parlamentares, terceirizando sua atuação para o governo Lula. A possível eleição do senador representa o "continuísmo completo" e a manutenção de um Senado enfraquecido.
O parlamentar enfatizou que suas críticas não são pessoais, mas sim voltadas ao modelo de gestão que se perpetua no Senado. "A saída do Pacheco e a entrada do Davi Alcolumbre é o mais do mesmo", alertou. Para Girão, sem líderes dispostos a lutar pela transparência e pelo voto aberto, o Brasil seguirá refém de conchavos que ignoram a voz da população.