O Google se tornou a primeira gigante da tecnologia a integrar o Conar, em um momento em que o Supremo Tribunal Federal analisa ampliar a responsabilização das plataformas digitais, inclusive para conteúdos pagos, sem necessidade de decisão judicial prévia. A movimentação acontece em meio à crescente cobrança por mecanismos mais rígidos de controle sobre anúncios e discursos impulsionados.
Com a mudança, o Google passa a ter assento pleno nas decisões do conselho ao lado de agências, veículos e anunciantes. “É uma nova etapa de consolidação de um sistema que serve para promover uma publicidade mais ética”, afirmou Fábio Coelho, presidente da empresa no Brasil. O Conar também foi incluído no programa Priority Flagger, que facilita a remoção de anúncios suspeitos.
O cenário preocupa outras plataformas, diante da sinalização do STF favorável à responsabilização prévia por conteúdos. A big tech já deixou de vender propaganda eleitoral no país após novas exigências do TSE, alegando dificuldades operacionais para manter bibliotecas permanentes de transparência.