O governo federal, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prepara um pacote de medidas para conter os gastos públicos, incluindo restrições em programas sociais como BPC, seguro-desemprego e abono salarial. O anúncio das medidas estava previsto para esta semana, mas enfrenta atrasos, com rumores de resistência interna. Segundo Haddad, o presidente Lula tem discutido com técnicos em Brasília para finalizar as decisões.
A incerteza causou reações no mercado, com o dólar subindo R$ 0,09 após o adiamento da viagem de Haddad à Europa. Investidores aguardam ansiosamente um posicionamento firme sobre as metas fiscais, avaliando que as medidas serão cruciais para estabilizar o orçamento. O corte planejado visa limitar o crescimento de despesas a 2,5% acima da inflação, com gatilhos para segurar gastos obrigatórios, caso o limite seja ultrapassado.
Dentro do pacote, uma PEC é direcionada ao Fundeb, buscando reavaliar investimentos que, embora tenham duplicado desde 2021, não mostraram impacto em indicadores educacionais. A equipe econômica defende ajustes para manter a sustentabilidade fiscal sem comprometer a qualidade e a finalidade dos programas, enquanto o mercado observa com cautela o desenrolar dos próximos passos.