A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos aprovou nesta quinta-feira (23) o pagamento de R$ 100 mil à ex-presidente Dilma Rousseff. A decisão reconhece a petista como anistiada política por episódios de prisão e tortura nos anos 1970, quando integrava organizações que atuavam contra o regime militar. O processo, iniciado em 2002, ficou suspenso durante os anos em que Dilma ocupou cargos públicos.
Em 2022, o mesmo pedido foi analisado e rejeitado. Agora, sob nova gestão, o caso foi retomado e aprovado por unanimidade. O relator Rodrigo Lentz classificou a antiga negativa como “ilegalidade” e destacou que a anistia "não é perdão", mas um reconhecimento do Estado. Não houve menção ao envolvimento da ex-presidente com grupos que defendiam ações armadas à época.
Com essa nova indenização, Dilma acumula ao menos R$ 572 mil pagos por entes públicos, somando decisões judiciais e comissões estaduais. Parte desses valores, segundo sua assessoria, seria destinada a projetos sociais.