A gestão federal enfrenta o desafio de zerar um déficit de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2025. Até setembro, o rombo acumulado já somava R$ 100,9 bilhões, distanciando o país das metas fiscais e expondo a fragilidade do planejamento orçamentário.
Segundo relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), o risco de descumprimento das metas é alto, agravado pelo vencimento da MP que elevava o IOF e reduziu a arrecadação prevista. O desempenho fraco das estatais também pressiona o resultado primário e evidencia a ineficiência da máquina pública.
Marcus Pestana, da IFI, classificou o quadro como problema estrutural da economia brasileira, reflexo de sucessivos déficits e do avanço da dívida. Para tapar o buraco, o governo deve recorrer a novos cortes em despesas não obrigatórias, sacrificando investimentos enquanto mantém o gasto político intocado.