O Ministério da Defesa enfrenta severas restrições orçamentárias impostas pelo governo de Lula, evidenciando o menor volume de recursos dos últimos dez anos. Segundo declarações oficiais, os cortes de R$ 280 milhões comprometem a execução de contratos estratégicos e a manutenção de operações militares essenciais em todo o território nacional. "Tal restrição gera fortes impactos no cumprimento de contratos já firmados (alguns com governos e empresas estrangeiras) dos projetos estratégicos da Defesa e também na manutenção e no custeio das diversas organizações militares em todo o território nacional", lamenta o Ministério.
Este ajuste fiscal, motivado por um novo arcabouço fiscal, retirou mais de R$ 4 bilhões de despesas discricionárias, afetando não apenas a Defesa, mas também a Polícia Federal e a Abin, vitais para a segurança nacional. A Polícia Federal sofreu um corte de R$ 122 milhões, afetando diretamente operações de grande importância, como o combate ao tráfico de drogas e ações de cooperação policial internacional. A Abin, por sua vez, teve reduzida em 20% sua verba discricionária, comprometendo ações de inteligência essenciais.
Luciano Leiro, presidente da ADPF, expressou preocupação: "A inclusão da PF entre os órgãos alvos de corte porque a corporação tem sido cada vez mais exigida, seja no combate à criminalidade organizada, aos crimes ambientais, na defesa do Estado democrático de Direito".
A postura do governo atual, ao priorizar cortes em áreas sensíveis como defesa e segurança em vez de otimizar a gestão fiscal, reflete uma desconsideração pelas necessidades básicas de proteção e soberania do país, gerando um cenário de vulnerabilidade e incerteza quanto à capacidade de resposta às ameaças internas e externas.