O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reconheceu que estudos previam o aumento das chuvas, mas afirmou que não investiu mais recursos na prevenção devido a outras prioridades do governo, como a questão fiscal. "O governo também vive outras agendas", justificou Leite, em meio ao caos provocado pelas enchentes que devastaram o estado.
Leite nega que as mudanças em normas ambientais, sancionadas por ele em 2020, tenham contribuído para a crise climática atual. "Simplesmente burocratizar e dificultar licenças não é proteger o meio ambiente", afirmou. A situação destaca a necessidade de um planejamento mais eficaz e de políticas públicas que priorizem a segurança e o bem-estar da população.
Apesar da nomeação de Paulo Pimenta ao Ministério de Apoio à Reconstrução do RS pelo presidente Lula (PT), Leite insiste que o protagonismo na reconstrução deve ser do governo estadual, conforme a vontade popular expressa nas urnas. "O apoio é bem-vindo, mas o protagonismo é do governo estadual", declarou. A falta de planejamento adequado e a negligência com os alertas científicos revelam uma gestão que precisa urgentemente rever suas prioridades.