Diante da disparada no preço dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tomará "medidas drásticas" para conter a inflação, sem, no entanto, apresentar soluções eficazes. O governo anunciou a isenção de impostos sobre a importação de produtos como café, milho e carne, mas a decisão levanta dúvidas sobre seu real impacto na economia. Enquanto culpa empresários e especula sobre o preço dos ovos, o governo ignora que sua política econômica desajustada é o verdadeiro motor da crise.
Em visita a Minas Gerais, Lula distribuiu terras e anunciou cifras bilionárias para programas assistencialistas, buscando desviar o foco da grave crise alimentar. No entanto, tais medidas não combatem as causas estruturais da inflação, que inclui a alta carga tributária e a desvalorização da moeda. O pacote de isenções anunciado pode até aliviar pontualmente os preços, mas não resolve o problema a longo prazo, deixando a economia cada vez mais refém de decisões arbitrárias.
A insistência em uma política que privilegia o inchaço estatal e a intervenção na economia já mostrou seus efeitos negativos. Enquanto os brasileiros lidam com a carestia, o governo segue apostando em soluções paliativas e na velha estratégia de jogar a culpa no mercado. O discurso de Lula sobre uma "solução pacífica" soa contraditório diante da ameaça de medidas extremas, evidenciando a incapacidade de sua gestão em enfrentar a inflação com seriedade e responsabilidade fiscal.