O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mais uma vez, dá um passo para prejudicar o cidadão comum enquanto preserva categorias protegidas, como os militares. A PEC do Corte de Gastos, em tramitação no Congresso, isenta os militares de mudanças nas regras previdenciárias, mas foca em setores do serviço público, com especial atenção aos "supersalários". Essa medida visa cortar benefícios excessivos, como os que ultrapassam o teto constitucional de R$ 44 mil, afetando servidores de todos os poderes da União e dos Estados.
Entre as alterações, destaca-se a revisão do abono salarial e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A nova regra para o abono reduzirá a elegibilidade para quem ganha até R$ 2.640, e o BPC passará a excluir deduções não previstas por lei, ajustando a renda familiar. O impacto dessas mudanças será significativo para a população mais vulnerável, com um corte estimado de R$ 2 bilhões por ano.
Além disso, a PEC destina parte do orçamento para a educação, mas a medida é vista como uma tentativa de mascarar a verdadeira motivação: ajustes fiscais que, ao invés de focar nas prioridades reais do país, seguem a lógica do ajuste nas contas públicas em detrimento de quem mais necessita.