Hugo Motta abriu sua residência oficial para um encontro com os ministros Ricardo Lewandowski e Gleisi Hoffmann, onde recebeu a PEC da Segurança Pública. Segundo ele, há “convergência e unanimidade da urgência” em debater o tema, comparando o problema da criminalidade a um “câncer”. A proposta busca ampliar o poder da União sobre a segurança e transformar o Sistema Único de Segurança Pública em cláusula constitucional.
Mas nem todos se impressionaram com o discurso de urgência. A deputada Caroline de Toni alertou que a medida “centraliza perigosamente competências”, abrindo espaço para abusos. Já o deputado Bilynskyj não economizou: “É gravíssimo. O governo que jogou a segurança pública às traças quer agora comandá-la?”. Para a oposição, a proposta soa mais como oportunismo do que solução real.
Em um país onde a criminalidade avança e as instituições se calam, transferir poder ao mesmo governo que ignora o caos é, no mínimo, temerário.