O governo federal abriu um edital de R$ 16 milhões para reforçar a estrutura de eventos organizados pela Presidência. Em meio a crises econômicas e sociais, a proposta inclui gastos questionáveis, como R$ 358 mil em bebidas alcoólicas, com uísque, vodca e vinhos premiados. A justificativa oficial menciona “harmonia, elegância e segurança institucional” como pilares, mas o contraste entre esses eventos e a realidade da maioria dos brasileiros levanta dúvidas sobre as prioridades governamentais.
Entre os itens mais onerosos, a construção de salas VIP em eventos sem acomodações adequadas chama atenção, com custo de R$ 1,1 milhão. A justificativa? Garantir um espaço equipado com “mobiliário moderno”, frigobar e TV de 42 polegadas. Em tempos de inflação e desemprego, a extravagância é difícil de justificar, provocando debates sobre a real necessidade de tais luxos.
A licitação ainda prevê gastos curiosos, como R$ 1.400 para coroas fúnebres, sem explicação clara. A questão central que fica é: enquanto a população enfrenta dificuldades, onde está o foco do governo? A harmonia tão defendida parece, por ora, restrita a eventos luxuosos e regados a champanhe.