Governo limita isenção de Imposto de Renda para portadores de AIDS, câncer e outras doenças graves

A medida, que restringe o benefício para quem ganha até R$ 20 mil mensais, afeta diretamente pessoas que enfrentam tratamentos prolongados e custos elevados

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Governo limita isenção de Imposto de Renda para portadores de AIDS, câncer e outras doenças graves
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O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de limitar a isenção total de Imposto de Renda para pacientes com doenças graves, como AIDS, câncer e paralisia irreversível, gerou ampla preocupação. A medida, que restringe o benefício para quem ganha até R$ 20 mil mensais, afeta diretamente pessoas que enfrentam tratamentos prolongados e custos elevados, colocando em xeque o planejamento financeiro de muitas famílias. Embora as despesas com saúde continuem dedutíveis no IR, os altos custos de medicamentos, terapias e procedimentos médicos frequentemente ultrapassam o orçamento até mesmo de quem possui renda superior ao limite estabelecido. Especialistas alertam para os impactos dessa decisão, especialmente em tratamentos onerosos como quimioterapia, radioterapia e medicamentos antirretrovirais, que já pressionam os pacientes financeiramente. Condições como a AIDS, que exige acompanhamento médico constante e medicamentos específicos, e a paralisia irreversível, que demanda cuidados intensivos e adaptações residenciais, exemplificam o peso financeiro para os pacientes e suas famílias. Com a nova regra, até mesmo quem possui renda elevada precisará rever prioridades para absorver despesas antes cobertas pela isenção total, o que pode acarretar em escolhas difíceis e cortes em tratamentos essenciais. A lista de doenças afetadas pela mudança inclui tuberculose ativa, esclerose múltipla e cardiopatia grave, entre outras. Entidades de apoio a pacientes criticaram a decisão, apontando sua insensibilidade com as necessidades de quem enfrenta condições debilitantes. “Mesmo uma renda de R$ 20 mil pode ser insuficiente para lidar com custos médicos prolongados”, afirmou um representante de uma associação médica, evidenciando o distanciamento da medida em relação à realidade enfrentada pelos doentes graves no país.