O Governo Federal oficializou, nesta segunda-feira (30), reajustes salariais para servidores públicos federais, com impacto de R$ 26,4 bilhões até 2026. Além disso, duas novas carreiras na administração pública foram criadas, totalizando 1.500 cargos com salários que variam de R$ 9.711 a R$ 21.070. As despesas, divididas em duas parcelas, começam em janeiro de 2025 e culminam em abril de 2026.
Enquanto a ministra Esther Dweck celebrou os reajustes como uma "correção histórica", especialistas questionam a viabilidade fiscal. O impacto anual de R$ 17,9 bilhões em 2025 e R$ 8,5 bilhões em 2026 desafia o equilíbrio das contas públicas, ainda mais em um cenário de gastos já elevados. Embora o governo argumente que os valores respeitam os limites do novo arcabouço fiscal, as pressões orçamentárias permanecem latentes.
Os altos salários para cargos de liderança, como os R$ 46 mil para ministros de Estado, refletem distorções congeladas desde 2019. A medida, entretanto, não gera economia, mas sim transformações de cargos obsoletos em novos postos. A promessa de atender demandas nas áreas de justiça e defesa contrasta com os desafios de sustentar tal expansão diante de um orçamento apertado e crescimento econômico modesto.