O governo federal firmou parcerias com a empresa chinesa SpaceSail e a Administração Nacional de Dados da China para estudar a demanda de internet via satélite em locais onde a fibra óptica não chega. A tecnologia proposta utiliza satélites de órbita baixa (LEO), prometendo inclusão digital em regiões rurais e isoladas. No entanto, a dependência de empresas estrangeiras levanta preocupações sobre soberania tecnológica e impactos a longo prazo.
Enquanto a SpaceSail prevê iniciar operações somente em 2026, empresas como a Starlink, de Elon Musk, já oferecem serviços semelhantes no Brasil. Apesar de divergências políticas, a atuação da Starlink tem proporcionado avanços em conectividade pública. O novo acordo inclui estudos de viabilidade para futuros investimentos, mas a exclusividade chinesa em decisões estratégicas pode comprometer interesses nacionais.
A parceria reflete alinhamentos internacionais que precisam ser analisados com cautela. A troca de informações com a Administração Nacional de Dados da China, que influencia padrões de economia digital e infraestrutura global, destaca a necessidade de preservar os interesses brasileiros em um cenário de competição tecnológica acirrada.