O governo federal, sob a alegação de promover a reforma agrária, acaba de anunciar um investimento de R$ 450 milhões na compra de terras, atendendo ao pleito histórico do MST. A ideia, segundo o discurso oficial, é evitar as temidas invasões de propriedades privadas. No entanto, o que se vê por trás dessa medida é a reedição de velhos projetos que, ao longo dos anos, pouco têm trazido de efetivo para a sociedade e mais servem para o fortalecimento de grupos com interesses obscuros.
É curioso como o governo, em vez de olhar para a eficiência produtiva e incentivar o agronegócio, prefere apostar em políticas que falharam no passado. A cifra destinada à reforma agrária poderia ser melhor direcionada para modernização do setor rural, incentivo a novos empreendedores e ao crescimento econômico, ao invés de alimentar narrativas ideológicas que apenas favorecem grupos como o MST, cuja história é marcada por conflitos e ações que prejudicam os verdadeiros produtores rurais.
Além disso, é de se questionar a origem de parte dos recursos, como os quase R$ 700 milhões de um orçamento antigo do governo Fernando Henrique Cardoso. Trazer à tona fundos engavetados há décadas soa como uma manobra política, longe de ser uma solução para os desafios atuais do campo. O que o Brasil realmente precisa é de políticas sólidas que respeitem a propriedade privada e impulsionem a produtividade agrícola, e não de medidas que parecem mais servir para saciar interesses de grupos com histórico de invasões e violência.