O presidente argentino Javier Milei, em sua primeira visita oficial ao Brasil, optou por ignorar o governo federal e focar sua agenda em encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Milei desembarcou em Balneário Camboriú, Santa Catarina, para participar do CPAC Brasil, conferência conservadora de grande relevância internacional. Antes mesmo de chegar, Milei subiu o tom contra o presidente Lula, reiterando que o líder petista é “corrupto”, “comunista” e “criminoso”, provocando insatisfação no Palácio do Planalto.
A decisão de Milei de não comparecer à cúpula do Mercosul, sediada em Assunção, Paraguai, e de ser representado pela ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, foi vista como um desprezo à importância do bloco. A ausência do presidente argentino na cúpula “machucou um já debilitado Mercosul”, segundo a revista Veja. Com mais de 30 anos de existência, o Mercosul enfrenta divergências internas crescentes, agora agravadas pela adesão da Bolívia e as críticas de Milei ao presidente boliviano, Luis Arce.
