O presidente Lula convocou, às pressas, os chefes da PF e da Abin após a denúncia de que a espionagem contra autoridades paraguaias continuou sob seu governo. A reunião, descrita como “tensa e constrangedora”, escancarou o racha entre Luiz Fernando Corrêa e Andrei Rodrigues, com acusações diretas e versões conflitantes sobre quem autorizou a operação.
O Planalto alegou que a ação teria sido desativada em março de 2023, ainda resquício do governo anterior. Mas a PF apurou que Corrêa seguia dando ordens informais enquanto aguardava aprovação no Senado. A nota oficial, vendida como “ponto final”, agora ameaça virar prova contra o próprio governo.
Com a diplomacia em frangalhos e seus principais órgãos de segurança em guerra aberta, Lula perdeu o comando da crise. A tentativa de empurrar o desgaste para Bolsonaro ruiu diante dos fatos, e a permanência de Corrêa na Abin tornou-se insustentável.