O governo Lula enfrenta um desafio monumental para fechar o déficit nas contas públicas, mas opta por aumentar impostos em vez de cortar gastos. Com propostas que incluem o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), a administração federal visa arrecadar R$ 21 bilhões. Essa estratégia, embora impopular, é considerada essencial para alcançar a meta fiscal de 2025.
A resistência no Congresso é significativa; o presidente da Câmara, Arthur Lira, considera improvável a aprovação de novos impostos sem ampla discussão, e o senador Angelo Coronel chamou a proposta de “inconcebível”. O ministro Fernando Haddad também enfrenta dificuldades, e o governo pode ter que recorrer a tributos “extrafiscais” ajustados por decreto presidencial para cumprir a meta.
Ademais, a necessidade de cumprir a “noventena” — o período de 90 dias entre a publicação e a cobrança de novos impostos — pressiona o governo. Sem garantias de atingir a meta fiscal para 2024, a administração pode precisar de mais aumentos de impostos, gerando ainda mais controvérsia e incerteza.