O governo federal anunciou uma redução significativa no orçamento para a gestão de riscos e desastres ambientais em 2025, de R$ 1,9 bilhão para R$ 1,7 bilhão. A medida ocorre após um ano marcado por tragédias como enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas no Pantanal, evidenciando a crescente necessidade de investimentos em prevenção. Além disso, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) enfrentará cortes que podem comprometer a eficiência do monitoramento.
Enquanto o governo argumenta que a prioridade está em obras de infraestrutura, com R$ 15,8 bilhões alocados, especialistas destacam que o corte de verbas em áreas cruciais, como monitoramento e resposta rápida, expõe populações vulneráveis a riscos ainda maiores. Estados como Pernambuco e Bahia, com grande parte de suas populações em áreas suscetíveis, estão entre os mais prejudicados.
A decisão de reduzir os recursos ocorre às vésperas da COP30, que será sediada no Brasil, contradizendo o papel do país como protagonista no debate climático. Organizações ambientais alertam que o desinvestimento em prevenção pode ampliar os danos de futuros desastres, deixando milhares de brasileiros desamparados diante de eventos extremos.