O governo de Javier Milei classificou o violento protesto de esquerdistas em frente ao Congresso da Argentina como uma "tentativa de golpe de Estado" perpetrada por "grupos terroristas". Em comunicado divulgado pelo Gabinete do Presidente, foram elogiadas as Forças de Segurança pela "excelente atuação" na repressão aos manifestantes, que, segundo o governo, estavam "armados com paus, pedras e até granadas". "O Gabinete do Presidente parabeniza as Forças de Segurança por sua excelente atuação ao reprimir os grupos terroristas que, com paus, pedras e até granadas, tentaram perpetrar um golpe de Estado, atentando contra o funcionamento normal do Congresso Nacional", declarou a publicação.
O protesto, convocado pelo núcleo duro do kirchnerismo e pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), sindicato peronista, rapidamente escalou, resultando em incêndio de um carro da imprensa e ataques a policiais com coquetéis molotov. As autoridades responderam com bombas de efeito moral, jatos de água e gás de pimenta para dispersar a multidão. Apesar da violência, o funcionamento do Senado não foi interrompido, e a discussão sobre o projeto de desregulamentação da economia e ajuste fiscal proposto pelo governo continua. O presidente Javier Milei acusou o kirchnerismo de "fomentar um plano desestabilizador na Argentina", enquanto a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, prometeu que os responsáveis pelos atos de violência "pagarão um por um" pelos danos causados.