O projeto de criação da empresa pública Alada, que visa desenvolver a Base de Alcântara como polo de lançamentos espaciais, levanta questionamentos sobre a viabilidade e os impactos de uma nova estatal no setor. A proposta, conduzida pela Força Aérea Brasileira, busca atrair investimentos de gigantes do setor, como SpaceX, Virgin Galactic e Blue Origin, posicionando o Brasil como concorrente em lançamentos próximos à linha do Equador, onde há economia de combustível. No entanto, a politização e as rixas ideológicas podem travar o progresso.
A resistência do governo atual em dialogar com figuras influentes, como Elon Musk, pode dificultar parcerias estratégicas, uma vez que há divergências entre os valores defendidos pelo empresário e as pautas adotadas pelo presidente. A postura contrária ao desenvolvimento de relações com outros países tecnologicamente avançados, como a Ucrânia, também tem prejudicado a exploração do potencial aeroespacial brasileiro, bloqueando o acesso a tecnologia e cooperação internacional.
Mesmo com a possível aprovação da Alada, analistas apontam que o progresso da estatal deve enfrentar barreiras, não apenas pela complexidade do setor, mas também pelas restrições ideológicas que têm ditado os rumos da política externa.