O governo federal prepara um projeto que permitirá à Conab comprar alimentos pagando até 30% acima do preço mínimo, sob o pretexto de “frear especulação”. A medida, vendida como um mecanismo de controle da inflação, ignora a realidade do mercado e abre caminho para desperdício de dinheiro público, beneficiando apenas aliados e burocratas à custa do setor produtivo.
A Frente Parlamentar Agropecuária já reagiu, alertando para os riscos da proposta, que pode se tornar um esquema de desvio de recursos. Além disso, o impacto no Plano Safra preocupa produtores, que temem que o governo redirecione verbas do financiamento rural para sustentar suas compras superfaturadas. Em vez de estimular a produção e a competitividade, a proposta ressuscita velhas fórmulas fracassadas de intervenção estatal.
Enquanto países desenvolvidos apostam na eficiência do setor privado, o Brasil insiste em soluções artificiais que só aumentam o peso do Estado sobre a economia. A desculpa de “estabilizar preços” já foi usada antes, sempre com os mesmos resultados: desperdício bilionário, corrupção e inflação crescente. Se aprovado, o projeto será mais um golpe contra quem produz e trabalha de verdade.