Governo recua e nega taxação de empresas de tecnologia

Estratégia fracassada expõe contradição e sede por arrecadação

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Governo recua e nega taxação de empresas de tecnologia
 Rovena Rosa/Agência Brasil

Diante do desgaste e da repercussão negativa, o ministro Fernando Haddad desmentiu a intenção de taxar empresas de tecnologia americanas como represália à política comercial dos Estados Unidos. O governo, conhecido por sua ânsia arrecadatória, já estudava a criação dessa taxa, mas a ameaça de retaliação se tornou um pretexto conveniente para antecipar a medida. A ideia, no entanto, caiu por terra após a exposição pública da estratégia.

A possibilidade de taxar gigantes como Amazon, Google e Meta surgiu no momento em que essas empresas endurecem suas políticas de moderação, desagradando aliados do governo. Coincidência ou não, a iniciativa também reforçaria o caixa de um governo que se recusa a cortar gastos e insiste em sobrecarregar o setor produtivo para sustentar sua máquina inchada.

Haddad agora tenta se distanciar da proposta, alegando que o governo só reagirá a “decisões concretas”, mas o estrago já foi feito. O episódio revela, mais uma vez, a inabilidade do governo em lidar com o cenário econômico e sua obsessão por criar novas formas de arrecadação, ainda que à custa da competitividade e do crescimento do país.