A Proposta de Emenda Constitucional que exige que militares se desliguem das Forças Armadas para concorrer a cargos eletivos reacendeu tensões entre governo e Exército. A PEC, defendida pelo líder do governo no Senado, é acusada de tratar militares como cidadãos de segunda classe. Integrantes do governo avaliam que sua aprovação, além de desnecessária, soa como revanchismo, prejudicando a já desgastada relação com as Forças Armadas.
Apesar de inicialmente apresentada por aliados do Planalto, a PEC enfrenta resistência de parte do governo, que busca evitar mais conflitos com os militares após cortes orçamentários. O texto, parado no Senado, poderia inviabilizar acordos sobre o pacote fiscal. Para membros do Exército, a proposta segrega e desconsidera a contribuição dos militares para o Estado.
Parlamentares da oposição também rejeitam o avanço da PEC, alegando que enfraquece as Forças Armadas. O temor é que, ao invés de promover equilíbrio, a medida intensifique divisões, prejudicando o país e suas instituições permanentes.