O anúncio da suspensão do crédito rural pelo Tesouro Nacional desencadeou uma crise no setor agropecuário e acendeu o alerta da oposição no Congresso. Em um momento decisivo para produtores que ainda colhem a primeira safra e preparam o plantio da próxima, a medida compromete diretamente a produção de alimentos e pode refletir no bolso do consumidor. O Plano Safra, vendido como "o maior da história", teve suas verbas esgotadas antes mesmo da aprovação do novo orçamento, evidenciando uma gestão desastrosa.
A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) responsabilizou o governo pela falta de recursos e criticou a justificativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a suspensão ocorreu por conta da não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo a FPA, a política econômica desastrada elevou os juros e estrangulou o financiamento da produção. “Culpar o Congresso pela própria incapacidade de gestão não resolverá o problema”, declarou a entidade em nota.
A paralisação do crédito coloca em risco a competitividade do agro brasileiro, setor que sustenta a economia nacional e garante alimentos a preços acessíveis. O deputado Zucco (PL-RS) alertou que o impacto pode comprometer exportações e elevar os custos da cesta básica. Diante da pressão, Haddad recorreu ao Tribunal de Contas da União para tentar remediar o caos criado por seu próprio governo. Enquanto isso, produtores e consumidores pagam o preço da incompetência.