O aumento desenfreado dos gastos do Governo Lula, aliado à alta taxa de juros, coloca o Brasil em uma preocupante trajetória de deterioração fiscal. Até abril, o déficit nominal atingiu 9,41% do PIB, o maior índice desde os impactos da pandemia. A principal diferença é que, atualmente, o peso maior está na conta de juros da dívida pública, que somou R$ 792,3 bilhões, enquanto o déficit primário foi de R$ 274,1 bilhões, segundo o Banco Central e XP Investimentos. A taxa Selic, em 10,5% ao ano, mantém elevada a carga de juros, impactando diretamente os custos do governo.
O cenário internacional de juros elevados agrava ainda mais a situação, limitando a redução da Selic no curto prazo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que “os juros altos praticados pelo Banco Central contribuem para a elevação da dívida”. No entanto, é evidente que a política econômica da esquerda, focada em gastos excessivos, desconsidera a prudência fiscal e a sustentabilidade das contas públicas. A projeção de um déficit primário de R$ 77 bilhões para 2024 e R$ 78 bilhões para 2025 reflete a falta de compromisso com a austeridade e a responsabilidade financeira, valores caros ao conservadorismo.