A greve dos professores das universidades federais terminou após 69 dias. Em assembleia, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) informou que a maioria das instituições filiadas decidiu pelo fim da paralisação devido à "intransigência" do governo nas negociações salariais. Os docentes acreditam que seguir sem aulas prejudicaria os estudantes. Parte dos professores já havia retornado ao trabalho, e o sindicato deve formalizar o acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Antes das universidades, professores e servidores técnico-administrativos de institutos federais também decidiram encerrar a greve iniciada há mais de dois meses. Em assembleia, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica) aceitou a proposta de reajuste salarial apenas a partir de 2025. O governo anunciou um pacote de investimentos de R$ 5,5 bilhões para universidades e hospitais universitários, além de R$ 400 milhões para custeio das instituições federais. Apesar do fim da greve, o saldo do movimento revela insatisfações com as declarações de Lula, consideradas agressivas por profissionais da educação.