A Procuradoria-Geral da República pediu ao STF que aceite a queixa-crime da ministra Gleisi Hoffmann contra o deputado Gustavo Gayer, por críticas feitas em março nas redes sociais. A ação, agora sob relatoria de Luiz Fux, exige R$ 30 mil por danos morais e a abertura de processo penal. A PGR alega que Gayer teria ultrapassado os limites da imunidade parlamentar, ignorando o direito de crítica garantido aos representantes eleitos.
Em postagens no X, Gayer ironizou a escolha de Gleisi para a Secretaria de Relações Institucionais e questionou os métodos de articulação do governo. Suas falas, embora incisivas, refletem o sentimento de grande parte da população contrária ao atual modelo de governança. Ao contrário de ataques gratuitos, os comentários trazem uma crítica política direta, como é comum na atividade parlamentar.
Gleisi recusou qualquer tentativa de conciliação e optou por seguir com o processo. Já Lindbergh Farias, seu companheiro, também ingressou com ações contra Gayer. A tentativa de calar opositores por meio da Justiça revela o incômodo do governo com quem ousa dizer o óbvio: há algo profundamente errado nas articulações feitas nos bastidores de Brasília. Gayer, nesse cenário, torna-se alvo não por ofender, mas por expor.
