O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou nesta quarta-feira para o impacto da seca sobre o preço dos alimentos e da energia, que pode agravar a inflação. Contudo, Haddad afirmou que o aumento da taxa Selic, atualmente em 10,5%, não é a solução apropriada para o problema. "A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo pelo clima. Mas essa inflação não se resolve com juros," afirmou, sugerindo cautela quanto às medidas de política monetária.
Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma deflação de 0,02%, um resultado inesperado dado que os analistas previam uma alta de 0,01%. Este foi o primeiro registro de deflação desde junho de 2023. No entanto, as projeções indicam um possível aumento na taxa Selic para 11,25% em 2024, refletindo uma revisão da previsão de inflação para 4,3%.
Enquanto a deflação pode trazer alívio temporário, as preocupações com o impacto prolongado da seca e a inflação futura exigem soluções eficazes e bem fundamentadas. O cenário exige um equilíbrio cuidadoso entre medidas econômicas e o controle de preços para garantir a estabilidade econômica.