O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viaja ao Vaticano para participar de um workshop promovido pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, com o objetivo de discutir a taxação global de super-ricos. A iniciativa, defendida pelo governo Lula, busca financiamento para combater a fome e as mudanças climáticas, mas enfrenta forte oposição, principalmente dos Estados Unidos.
A presença do Papa Francisco e do presidente Lula na cúpula do G-7, em julho, deve intensificar o debate. Haddad, que já defendeu a medida em reuniões do G-20, espera ampliar a articulação internacional em torno do tema. Conservadores alertam para os riscos de uma maior intervenção estatal na economia e criticam a proposta por ameaçar a liberdade econômica e penalizar o sucesso individual.
A Pontifícia Academia de Ciências Sociais, organizadora do evento, reúne acadêmicos, formuladores de políticas e líderes religiosos para debater a crise da dívida no Sul Global. Haddad aproveitará a ocasião para reuniões bilaterais com ministros de Finanças de outros países, enquanto a expectativa de um encontro com o Papa Francisco ainda permanece em aberto.