Durante um evento do Itaú BBA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, externou sua preocupação com o crescimento do conservadorismo no Brasil, especialmente diante das recentes eleições municipais. Em sua análise, ele mencionou que o mundo estaria se tornando "muito mais conservador e distópico", algo que, segundo ele, não estava nos planos das elites políticas de esquerda. Para Haddad, a ascensão de retóricas que contestam o cenário tradicional gera desconforto.
Haddad criticou o que chamou de discursos “anticientíficos e antidemocráticos”, observando que as narrativas conservadoras, antes consideradas improváveis, estão conquistando espaço. Ele ainda ressaltou que até mesmo pessoas de perfil intelectual elevado, "que comem com garfo e faca", questionam temas como vacinas e mudanças climáticas, algo que o ministro julga problemático para o futuro do país.
O ministro encerrou destacando a importância de ancorar o Brasil em "evidências empíricas" e instituições robustas para promover o crescimento econômico. Ele citou como exemplo o Prêmio Nobel de Economia, concedido a estudos que reforçam o papel das instituições na prosperidade das nações, e reiterou sua visão de que o progresso está vinculado à adesão à ciência.