O ministro Fernando Haddad reagiu com desdém às críticas sobre o aumento do IOF e outras medidas fiscais, afirmando que “pode gritar” quem estiver insatisfeito. Ignorando o desgaste com o Congresso e a rejeição do mercado, insistiu que o governo “não pode se intimidar” ao ampliar a arrecadação, mesmo sob o risco de afetar a classe trabalhadora e os pequenos municípios.
Em tom agressivo, Haddad atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de “fugir do debate” e afirmando que ele não tem moral para criticar impostos. A fala, no entanto, não amenizou a derrota do governo com a derrubada do decreto do IOF, anulada pelo Congresso após 30 anos sem um revés semelhante a um presidente em exercício.
A proposta de isenção do IR até R$ 5 mil, embora beneficie parte da população, deve causar perdas bilionárias a municípios e estados. Para compensar, o governo planeja impor novos tributos sobre quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, reacendendo tensões entre Executivo, Legislativo e setor produtivo.