Em uma demonstração clara de hipocrisia e parcialidade, Guilherme Boulos (PSOL-SP) votou pelo arquivamento da investigação de "rachadinha" envolvendo André Janones (Avante-MG). Relator do caso no Conselho de Ética, Boulos alegou não haver "justa causa" entre os fatos narrados e uma quebra de decoro parlamentar, apesar de áudios comprometedores indicarem a participação de Janones no esquema.
A decisão de Boulos revela um perigoso alinhamento político, onde a ética é flexibilizada para proteger aliados. Janones, acusado de desviar parte dos salários de assessores para financiar campanhas, foi defendido com a justificativa de que os fatos ocorreram antes do mandato. Essa postura contradiz a retórica do próprio Boulos, que em outras ocasiões condenou veementemente práticas similares.
Esse episódio expõe a seletividade da esquerda, que se mostra implacável ao criticar adversários, mas indulgente com seus próprios membros. A relativização da "rachadinha" por Boulos não só enfraquece a credibilidade do PSOL, mas também mina a confiança da população na justiça e na ética parlamentar.