Homem desenvolve metástase após receber fígado com câncer em transplante

Caso raro evidencia risco extremamente baixo de transmissão de tumor em doações de órgãos

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Homem desenvolve metástase após receber fígado com câncer em transplante
 Rovena Rosa/Agência Brasil

Geraldo Vaz Junior, de 58 anos, recebeu em março de 2023 um transplante de fígado no Hospital Albert Einstein que, posteriormente, revelou conter adenocarcinoma.

Exames de DNA realizados em março de 2024 confirmaram que as células cancerígenas não pertenciam ao paciente, mas sim ao órgão transplantado de uma doadora mulher (cromossomos XX versus XY).

Em agosto de 2024, a doença evoluiu para metástase pulmonar com características idênticas às células do fígado transplantado. A esposa do paciente, Márcia Helena Vaz, afirmou que “não cabe silêncio institucional, pois isso dá margem para que erro continue acontecendo”.

Estudos internacionais indicam que a transmissão de câncer por transplante é extremamente rara, com incidência inferior a 0,03%. O Ministério da Saúde informou que não houve indícios de problemas nos exames da doadora. Geraldo segue em tratamento quimioterápico contínuo, sem previsão de cura.