Os honorários de sucumbência pagos a membros da Advocacia-Geral da União (AGU) somaram R$ 2,34 bilhões em julho, segundo dados do Portal da Transparência, alcançando patamar inédito.
O valor beneficiou cerca de 12 mil servidores, com média de R$ 192 mil por pessoa, enquanto quase metade recebeu repasses próximos a R$ 310 mil. Entre janeiro e julho, o total já ultrapassa R$ 5 bilhões, incluindo R$ 1,7 bilhão pagos no início do ano.
O aumento decorre da inclusão do terço de férias no cálculo, com efeitos retroativos, elevando os valores acima do teto constitucional de R$ 46,3 mil mensais do funcionalismo.
Diante de críticas, o ministro Jorge Messias anunciou um painel detalhado de repasses para reforçar a governança do Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA), responsável pela distribuição.
Embora o painel traga mais transparência, suas orientações podem ser rejeitadas pelo conselho, que enfrenta resistência interna, e os honorários continuam a gerar debate sobre limites e fiscalização.