Impacto do conservadorismo Europeu na agenda externa do Brasil

O novo cenário político global

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Impacto do conservadorismo Europeu na agenda externa do Brasil
Imagem: FREDERICK FLORIN / AFP

O avanço do conservadorismo na eleição para o Parlamento Europeu representa um marco importante no cenário político global, favorecendo a agenda de líderes como Bolsonaro. A centro-direita manteve a maioria, mas a força crescente do conservadorismo nacionalista molda as novas composições políticas da União Europeia, impactando diretamente as negociações comerciais e diplomáticas. Para o Brasil, a ascensão conservadora pode ser uma oportunidade para reforçar suas relações econômicas com a Europa, alinhando-se aos valores de mercado e tradição defendidos por essa nova configuração política.

As dificuldades para a agenda externa de Lula são evidentes, especialmente em relação ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O fortalecimento da direita europeia dificulta a conclusão desse acordo, exigindo do governo brasileiro uma postura mais assertiva e estratégica. A Europa, sendo a segunda maior parceira comercial do Brasil, torna-se um campo de batalhas comerciais onde o protecionismo pode ser combatido com políticas econômicas mais robustas e eficientes, características da gestão Bolsonaro.

Além disso, a direita radical conquistou assentos significativos da bancada verde no Parlamento Europeu, o que pode levar a uma reavaliação das prioridades ambientais. Este movimento coincide com a preparação do Brasil para sediar a COP 23 em 2025, oferecendo uma plataforma para o país reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável sob uma perspectiva conservadora. O crescimento do populismo e do conservadorismo extremo em outras partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, reflete uma mudança de paradigma que pode beneficiar a agenda de líderes conservadores globais, promovendo estabilidade e crescimento econômico.

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