Desde janeiro, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) enfrenta uma grave crise de abastecimento de medicamentos essenciais, comprometendo diretamente o tratamento de milhares de pacientes. Faltam remédios fundamentais como morfina, fentanil e baclofeno, além de itens críticos como antibióticos e insulina. A escassez tem levado a atrasos nas altas hospitalares e agravado o risco de complicações para os pacientes.
A falta de materiais básicos, como luvas e cateteres, também compromete os procedimentos médicos, colocando em risco a integridade dos tratamentos. Pacientes em estado crítico são particularmente afetados pela falta de cateter venoso central, essencial para seu suporte.
Apesar das declarações do diretor do Inca, Roberto de Almeida Gil, que minimizou a crise, a realidade é outra. As famílias de pacientes têm sido forçadas a arcar com custos extras para garantir medicamentos e insumos necessários, evidenciando a falência na gestão e no abastecimento de um dos centros de referência no Brasil.