Os focos de incêndio no Pantanal cresceram 1.500% de 2023 para 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até 17 de junho deste ano, 1.276 km² foram queimados, uma área equivalente a 178,7 mil campos de futebol. Corumbá, em Mato Grosso do Sul, é a cidade mais afetada, com quase 1,3 mil focos de incêndio. As mais de 2,2 mil queimadas registradas até agora se aproximam dos níveis devastadores de 2020. Em junho de 2024, houve 1.434 focos, comparados a 406 no mesmo período de 2020, ressaltando a gravidade da situação.
Para enfrentar esta crise, os governos estaduais estão investindo em medidas de combate e proibição do uso de fogo nas propriedades. Mato Grosso lançou um plano de ação com investimento de R$ 74,5 milhões, enquanto Mato Grosso do Sul proibiu a queima controlada, reforçando a atuação do Corpo de Bombeiros com apoio do Ibama. O governo federal criou uma sala de situação interministerial para gerenciar a crise e focar na prevenção, combate aos incêndios e responsabilização de autores de queimadas criminosas. A seca recorde e as temperaturas elevadas até agosto, agravadas pelo fenômeno La Niña, aumentam o risco de propagação do fogo, exigindo ações rigorosas e imediatas para preservar o Pantanal.