A economia brasileira enfrenta uma tempestade perfeita em 2024: rombo nas contas públicas, inflação desenfreada e uma taxa Selic que ameaça disparar. Esse quadro tem gerado instabilidade no mercado financeiro, com a saída de mais de US$ 52 bilhões, acentuando a desconfiança externa. O Ibovespa, oscilando entre recordes e quedas significativas, reflete a falta de confiança dos investidores, pressionados pela insegurança fiscal e política que assola o país.
Com a fuga de capital e a volatilidade na bolsa, os investidores estão migrando para opções mais seguras, como os títulos públicos, que oferecem juros reais próximos a 7%. A renda fixa tornou-se a principal escolha em meio à incerteza, com o Tesouro Direto batendo recordes de transações em julho. Grandes gestoras como a Verde Asset reduziram sua exposição ao mercado de ações, apostando em ativos atrelados à inflação e à política monetária rígida.
Essa transição reflete o cenário crítico enfrentado pelo país, que já vislumbra um novo ciclo prolongado de alta dos juros. Sem reformas estruturais ou clareza nas diretrizes econômicas, o Brasil continua a perder a confiança do mercado global.