A tentativa do governo de abrir as portas do setor ferroviário brasileiro à China causou indignação entre representantes da indústria nacional. Em nota conjunta, ABIFER e SIMEFRE protestaram contra a falta de protagonismo dado à engenharia brasileira, que, mesmo após décadas de inconstância estatal, mantém um histórico de qualidade, inovação e capacidade produtiva.
“O Brasil não tem vácuo a ser preenchido por ninguém”, alertam Vicente Abate e Massimo Giavina. O setor ferroviário sobreviveu sem apoio governamental, suportando altos índices de ociosidade. Agora, diante da possibilidade de perder espaço para produtos estrangeiros, cobra-se do governo uma postura firme em defesa da indústria nacional e dos empregos gerados no país.
A promessa de transferência de tecnologia soa como cortina de fumaça. A verdadeira soberania passa por valorizar o que é produzido aqui, com competência e dedicação. As entidades exigem que acordos internacionais não sirvam para enfraquecer o setor produtivo nacional, mas sim para consolidá-lo como alicerce do desenvolvimento do Brasil.