O Brasil enfrenta um cenário inflacionário crescente, como mostram os dados recentes do IPCA, divulgados pelo IBGE. Em outubro, o índice registrou uma alta de 0,56%, superando setembro e acumulando 4,76% nos últimos 12 meses. Esse percentual ultrapassa o teto da meta inflacionária para 2024 e atinge 3,88% no ano, elevando o custo de vida no país e desafiando a política econômica em um momento de juros altos e desaceleração econômica.
A principal pressão veio dos grupos de Habitação e Alimentação. A energia elétrica residencial despontou como vilã, levando o grupo Habitação a uma alta de 1,49%, enquanto Alimentação e Bebidas subiu 1,06%. Essas categorias somaram um impacto de 0,23 ponto percentual na inflação mensal, pesando diretamente sobre as despesas familiares e expondo os limites da atuação governamental em conter esses aumentos.
Além disso, os setores de Saúde, Vestuário e Comunicação também registraram altas, reforçando a tendência inflacionária. Apenas o grupo de Transportes apresentou queda (-0,38%), ajudando a conter o avanço do índice geral. Contudo, o cenário impõe um desafio claro ao governo: controlar a escalada dos preços e aliviar o impacto no cotidiano dos brasileiros.
Confira o desempenho detalhado dos grupos do IPCA em outubro:
•Habitação: 1,49%
•Alimentação e Bebidas: 1,06%
•Saúde e Cuidados Pessoais: 0,38%
•Vestuário: 0,37%
•Educação: 0,04%
•Comunicação: 0,52%
•Artigos de Residência: 0,43%
•Despesas Pessoais: 0,70%