O Brasil vive novamente a sombra da alta inflação, resultado direto da incapacidade do governo petista em controlar seus gastos. O IPCA, que voltou a subir em julho, atingindo 4,50% no acumulado dos últimos 12 meses, reflete a deterioração das expectativas econômicas. Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta minimizar o impacto, apontando para fatores internacionais, a realidade é que o descontrole fiscal e a falta de medidas austeras estão jogando o país em uma nova crise inflacionária.
Haddad, com seu tom moderado, não esconde a insatisfação com o Banco Central, criticando sua política de juros, mas é justamente a falta de firmeza do governo que coloca em risco o combate à inflação. Com o cenário atual, a autoridade monetária se vê isolada na tarefa de controlar os preços, enquanto o governo de Lula continua a gastar desenfreadamente. O discurso do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, enviou um sinal positivo, mas sem uma política fiscal responsável, qualquer alívio será temporário.
A persistente alta dos preços afeta diretamente os mais pobres, enquanto o governo, em sua miopia ideológica, ignora as consequências de suas ações. O Banco Central, pressionado a adotar uma postura complacente, corre o risco de se tornar refém de um governo que prefere agradar sua base política a fazer o necessário ajuste econômico. O Brasil precisa urgentemente de líderes que coloquem o interesse nacional acima dos interesses partidários, antes que a inflação corroa ainda mais o poder de compra do cidadão comum.