Na recente reunião em Belém, cidade escolhida para a próxima COP-30, Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, anunciaram um investimento de 1 bilhão de euros focado no desenvolvimento da bioeconomia da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa. Este esforço colaborativo, previsto para os próximos quatro anos, reúne instituições financeiras do Brasil, a Agência Francesa de Desenvolvimento e o setor privado em um compromisso pelo progresso sustentável da região.
O coração do projeto é a criação de um centro de pesquisa e inovação apoiado pelo Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA) e uma rede de universidades de ambos os países. Este centro ambiciona ser um catalisador para o avanço tecnológico, a disseminação do conhecimento e a promoção de práticas sustentáveis.
Enfatizando a inclusão e a sustentabilidade, o projeto visa a envolver comunidades locais e povos indígenas de forma decisiva nos processos de tomada de decisão e investimento. Com a liderança brasileira no G20, o esforço dos dois países procura expandir um plano de investimento mundial para a bioeconomia, focando na conservação florestal, gestão sustentável, valorização econômica dos ecossistemas e recuperação da biodiversidade.
Um aspecto central do acordo é o fortalecimento de um mercado de carbono de âmbito mundial, que procura compensar financeiramente as nações dedicadas à preservação e restauração de seus ecossistemas naturais, seguindo o que foi definido no Artigo 6 do Acordo de Paris. Esta estratégia visa impulsionar o financiamento de iniciativas que se destacam pela integridade ambiental e social, promovendo simultaneamente a sustentabilidade e o crescimento econômico.
Em uma escala global, a parceria também propõe o estabelecimento de novas alianças internacionais para o financiamento da proteção das florestas tropicais e da biodiversidade, incluindo a nomeação de um novo representante brasileiro no Painel Internacional de Créditos. Esta ação tem o objetivo de desenvolver mercados financeiros focados no incentivo à conservação ambiental.
Este programa representa um marco importante na cooperação internacional, demonstrando um comprometimento robusto com a conservação ambiental aliada ao desenvolvimento econômico sustentável, e sinaliza um futuro promissor para a preservação e prosperidade da Amazônia.