Em 2024, os investidores estrangeiros retiraram R$ 32,1 bilhões do segmento secundário da B3, o maior valor desde 2020. A aversão ao risco foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo a crescente preocupação com o déficit fiscal brasileiro, que ultrapassou R$ 100 bilhões, e a desvalorização do real, com o dólar superando os R$ 6. A alta da Selic também impactou negativamente o mercado de ações, gerando incerteza entre os investidores.
O pacote de medidas do governo, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não foi suficiente para restaurar a confiança. Analistas destacam a falta de sustentabilidade nas medidas, o que agravou o ceticismo do mercado, refletindo diretamente nas retiradas de investimentos.
Apesar do cenário negativo, o mês de dezembro registrou um superávit de R$ 1,7 bilhão em investimentos estrangeiros, sinalizando uma ligeira recuperação momentânea. Contudo, o ano foi marcado por saques e uma postura conservadora, especialmente entre investidores institucionais.