Investigação seletiva? A ofensiva contra Bolsonaro e o desgaste do governo

Denúncia contra Bolsonaro surge no mesmo dia da maior rejeição a Lula, levantando suspeitas sobre oportunismo político.

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Investigação seletiva? A ofensiva contra Bolsonaro e o desgaste do governo
Reprodução

No mesmo dia em que a pesquisa Datafolha revelou a maior rejeição ao governo Lula, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) intensificaram as investidas contra Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi indiciado por suposta tentativa de golpe e organização criminosa, com pena que pode chegar a 28 anos de prisão. O que deveria ser um processo isento soa cada vez mais como um roteiro conveniente para desviar o foco da crise que corrói a atual gestão.

O avanço da PGR recebeu ampla cobertura da imprensa, ofuscando momentaneamente o desgaste de Lula e a crescente insatisfação popular. Para analistas, a sincronia entre a denúncia e a pesquisa não é mera coincidência, mas uma manobra calculada para tirar o governo do centro das críticas. Com o mercado demonstrando impaciência e o país enfrentando instabilidade econômica, a estratégia parece clara: transformar Bolsonaro no alvo preferencial e aliviar a pressão sobre Brasília.

Ciente do jogo político, Bolsonaro acionou a Organização dos Estados Americanos (OEA) contra Alexandre de Moraes, denunciando perseguição política. O embate escancara um cenário preocupante, onde investigações seletivas e decisões judiciais questionáveis alimentam a instabilidade. Enquanto o governo patina em popularidade e confiança, a ofensiva contra o ex-presidente se intensifica, levantando dúvidas sobre a real intenção por trás de cada movimento.