O CEO do Abu Dhabi Investment Group (ADIG), xeque Zayed Bin Rashid Bin Aweidha Al Qubaisi, anunciou um interesse bilionário em investimentos no Brasil, incluindo infraestrutura, exportação agrícola e defesa. No Rio de Janeiro, o plano abrange desde a reurbanização de favelas até a ampliação do metrô, sinalizando um avanço no setor de mobilidade. No entanto, o histórico de ingerência estatal e instabilidade regulatória levanta dúvidas sobre a viabilidade real desses aportes.
A presença crescente de investidores árabes no Brasil pode representar um novo impulso econômico, mas a insegurança jurídica e o excesso de burocracia têm afastado grandes grupos empresariais. Enquanto países concorrentes criam incentivos para atrair capital externo, o Brasil enfrenta entraves administrativos que podem travar projetos ambiciosos. Além disso, a falta de garantias sólidas para investidores estrangeiros tem sido um fator de alerta no mercado internacional.
O anúncio de cifras astronômicas sempre gera expectativas, mas o sucesso desses investimentos dependerá da capacidade do Brasil de criar um ambiente favorável ao capital estrangeiro. Sem reformas estruturais e segurança para os investidores, os bilhões prometidos podem acabar se tornando apenas mais um discurso otimista sem resultados concretos.
