IOF recuado às pressas expõe fragilidade do governo

Tentativa de taxar investimentos no exterior gerou reação imediata e temor de nova crise nas redes

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IOF recuado às pressas expõe fragilidade do governo

O governo federal recuou em tempo recorde de um decreto que elevava a alíquota do IOF sobre remessas internacionais e investimentos de fundos brasileiros no exterior. A medida, anunciada na quinta (22) e revertida na madrugada de sexta (23), teve impacto direto no mercado e provocou alarme no núcleo político do Planalto, que temia nova onda de desgaste digital semelhante à do caso PIX.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi direto: “O país não suporta mais a elevação constante da alta carga tributária. Isso afasta investidores, encarece o crédito e impacta negativamente a economia brasileira.” A fala repercutiu fortemente nas redes e pressionou o governo, já às voltas com críticas de parlamentares e influenciadores contrários à política fiscal adotada por Fernando Haddad.

Sem tempo para justificar tecnicamente o aumento, o recuo foi travestido de “ajuste técnico”. Mas o estrago estava feito. O episódio mostrou um governo sensível a pressões e exposto à influência de vozes externas, especialmente as que falam a língua da população e dos investidores.