A Itaipu Binacional, sob nova gestão, vai repassar R$ 81 milhões à Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA-PR), ligada ao MST, até 2027. Esta mudança de foco, marcada por redirecionamento de verbas antes voltadas à infraestrutura, reflete a reorientação estratégica promovida pelos novos gestores indicados pelo atual governo. Até 2024, R$ 30 milhões serão destinados a esse novo escopo, causando preocupação entre analistas do setor, que veem a medida como parte de uma agenda ideológica.
Os repasses mensais à cooperativa, que deverão ultrapassar R$ 1 milhão a partir de 2024, atingirão um pico de R$ 19,3 milhões em 2025. A CCA-PR atua no Paraná, apoiando a produção agrícola familiar em áreas de assentamentos. No entanto, a falta de clareza nos critérios de seleção e prestação de contas levanta dúvidas sobre a eficácia e a transparência desse convênio, que também envolve o Parque Tecnológico de Itaipu.
Enquanto isso, o afastamento de Itaipu de grandes obras, como a segunda ponte Brasil-Paraguai, marca um contraste com gestões anteriores. A mudança de prioridades reforça uma preocupação crescente sobre o impacto dessas decisões no desenvolvimento econômico do país e na gestão responsável dos recursos públicos.